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Editorial: É possível outros caminhos!

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Duas notícias nos chamaram à atenção enquanto fechamos esta edição. Primeiro, a notícia de que no dia 4 de setembro, o pastor Wilson Botelho, líder da Comunidade Terapêutica Projeto Quero Viver, expôs seu ódio às pessoas em situação de rua: “Você vai embora agora, você não fica aqui. Se atravessar aquela ponte, amanhã às 4 horas da tarde eu vou fazer seu sepultamento. Só eu dar uma ligada aqui e você tomar dois tiros na cabeça. Entendeu?”, declarou Rabelo para a mesa da Comissão de Justiça da Câmara Municipal de Divinópolis/MG.

No mesmo dia, o prefeito Gleidson Azevedo (NOVO), de Divinópolis, também afirmou que não iria atender ‘moradores de rua’ que viessem de outras cidades “sem o devido processo legal”. Na fala do prefeito e dos secretários a preocupação com as pessoas que estão em situação de rua e não são do Munícipio ( https://www.instagram.com/p/DOKINoAj-Tl/).

“Morador de Rua” não tem o direito de ir e vir? Primeiro que ele não deveria morar na rua e muito menos ser morador de rua. As pessoas precisam de acolhimento, tratamento, encaminhamentos para políticas que contribuam para o seu fortalecimento e criem condições de saída digna das ruas.

Falamos de duas notícias, a outra chegou de Maceió /AL, no dia 8 de setembro, onde o juiz Antônio José Araújo, da 9ª Vara Federal em Alagoas fez audiência na calçada para conceder benefício ao ‘morador de rua’, Amarildo Francisco dos Santos Silva, que tinha dificuldades de locomoção e precisava do BPC (Benefício de Prestação Continuada). O jornalista Carlos Madero, no site UOL, mostra a história do juiz que decidiu sair do gabinete, juntou as partes do processo, inclusive a procuradora-chefe do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Alagoas, Tatiana Cabral Xavier para resolver a questão do Amarildo que teve o benefício concedido.

Que esta história não seja uma exceção. Que a justiça continue olhando para as pessoas em condições de hiper vulnerabilidade e, mais importante, que a justiça vá aonde as pessoas estão precisando dela.

Um contraponto à expulsão, ameaças carregadas de ódio, de preconceito, o acolhimento, a saída do espaço de acomodação e buscar soluções criativas que valorizem a humanidade, o juiz Antônio José de Araújo, provou que é possível outros caminhos!


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