
Os catadores de materiais recicláveis da cidade de São Paulo continuam na luta pela ampliação do programa de coleta seletiva municipal. No dia 4 de maio, participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal para cobrar a construção de novos galpões e inclusão de mais catadores no programa.
A catadora Luzia Honorato, representante do Comitê de Catadores, esteve presente e reivindicou maior agilidade na construção dos galpões previstos no contrato de prestação de serviços das concessionárias. Estas têm que construir 17 novas centrais de triagem em um prazo estabelecido de quatro anos.
Os representantes das empresas declararam aos presentes que como o contrato foi modificado pela Prefeitura a exigência para construir os galpões foi postergada. “Dinheiro para construir nós temos, mas o contrato não prevê que isso tenha que ser feito agora”, declarou Luiz Gonzaga, representante da Logística Ambiental de São Paulo (Loga), uma das duas concessionárias responsáveis pela coleta do lixo no município de São Paulo.
Segundo foi informado na audiência, as concessionárias são obrigadas a construir os novos galpões apenas a partir de 2012. A Loga, por contrato, tem que construir cinco novos galpões até 2014. Já a Ecourbis, outra concessionária que recolhe o lixo da cidade deve construir 12 novos galpões, mas seu prazo é até 2014.
“Sinceramente, saí de lá decepcionada. A audiência não deu em nada. A opção que temos agora é reativar o Conselho Gestor do programa de coleta seletiva para pressionar por providências do Executivo”, avaliou Luzia. “Denunciamos a falta de comprometimento da Limpurb, pois existem recursos federais e do crédito de carbono para a construção de mais galpões, mas que estão parados desde 2007”, completa.
Os catadores denunciam também a grande burocratização para incluir mais cooperativas no programa de coleta seletiva.
Edição N° 107 - Maio de 2011
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