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Eleição municipal: quais são as propostas para superar a situação de rua?


“Em outubro iremos escolher o/ nosso/a candidato/a a prefeito/a, vice-prefeito/a e vereadores/as para realizar sonhos de como é que nós vamos efetivamente promover a São Paulo e um Brasil mais justo, solidário e fraterno com instrumentos de políticas econômicas que elevem o grau de justiça e venham aperfeiçoar os programas de transferência de renda até chegarmos à renda básica incondicional universal, um direito de todos/as participarmos da riqueza comum de

nossa nação.”

Deputado Estadual Eduardo Suplicy


Chegamos ao final de tarde na Assembleia Legislativa e fomos recebidos pela maravilhosa

equipe do deputado estadual Eduardo Matarazzo Suplicy (PT), que já nos esperava. A conversa seria em torno das eleições municipais e propostas com foco na população em

situação de rua. Suplicy iniciou nos contando sobre sua trajetória, e quais foram os exemplos de inspiração em sua família para o compromisso e o sonho por uma sociedade mais justa e fraterna. “Na minha infância e adolescência, tive tantos exemplos: eu via que me fizeram preocupar mais e mais com a organização da economia, da sociedade”.

Em 1962, Suplicy teve a possibilidade de conhecer os vários países da “cortina de ferro”, como União Soviética, Iugoslávia, Bulgária e alguns países da Europa. “Ali cheguei à conclusão de que era possível transformar o Brasil na direção de maior equidade, mas por meios democráticos e pacíficos”, lembra. Então, terminou o curso de Administração de empresas, foi professor da Fundação Getúlio Vargas, fez mestrado, doutorado e se especializou em economia. A partir de 1974 escreveu artigos em vários jornais e revistas, quando ficou conhecido pelos movimentos sociais.

E foi em agosto de 1976 que conheceu o líder dos/as metalúrgicos/as de São Bernardo do Campo, Luiz Inácio Lula da Silva, numa palestra na Fundação Santo André e, daí em diante, sua trajetória no legislativo foi marcada por um sério compromisso com as pessoas mais pobres e com as questões dos direitos humanos. “Dentro do PT (Partido dos Trabalhadores) continuei a pensar qual a melhor solução para que não houvesse tantas diferenças na sociedade e quais seriam os instrumentos de política econômica para elevar o grau de justiça na sociedade.”

No dia 2 de fevereiro de 2015 foi empossado como Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da cidade de São Paulo pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que teve uma gestão de 2013 a 2016, onde teve a possibilidade de conhecer e interagir com a realidade das pessoas em situação de rua. Com esta aproximação, ao ser eleito vereador propôs e trabalhou pela aprovação da lei municipal nº 17.252/2019, que consolida a Política Municipal para a População em Situação de Rua e institui o Comitê Intersetorial da Política Municipal para a População em Situação de Rua. “Como secretário propus ao prefeito Fernando Haddad que ele pudesse encaminhar um projeto que instituísse a renda básica na cidade de São Paulo.” Infelizmente, ele só o fez no final do mandato.

Para Suplicy é necessário “que haja uma combinação de instrumentos de política econômica e social que venha modificar a vida das pessoas em situação de rua. Isto envolve a moradia em primeiro lugar!”

Perguntado sobre a importância das eleições municipais e a implantação da

renda básica cidadã, Suplicy declarou que tem conversado com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que se tornou um entusiasta da renda básica de cidadania, e a sua vice, Marta Suplicy (PT), que no seu governo com início no ano de 2000, instituiu o programa de renda mínima, uma espécie de bolsa escola. “Então, os dois candidatos têm

uma afinidade com esse tema e podem estimular os governos Federal e Estadual a criarem de fato uma regulamentação para caminharmos na implantação da renda básica cidadã”, responde com o entusiasmo de sempre.

Segundo o deputado, hoje o programa Bolsa Família já é um entrosamento do governo federal que financia e os municípios executam a política. “Podemos avançar na direção da renda básica universal que vai facilitar se prover maior dignidade e liberdade àquelas pessoas que estão hoje sem condições de viver senão nas ruas de São Paulo. Fiquei muito contente quando Darcy Costa (MNPR), Anderson Miranda (MNDLPSR) e Robson Mendonça (MEDPSR), todas lideranças de movimentos de defesa das pessoas em situação de rua, abraçaram com muita força a ideia da Renda Básica de Cidadania. E ‘O Trecheiro’ também pode abraçar essa causa!” conclui Suplicy.


Acesse, ao lado, a lei 10.835/2004, que institui a Renda Básica de Cidadania e dá outras providências: Clicando aqui!





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