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Bahia inaugura sede do Movimento Nacional

Renata Bessi

Desde 26 de junho deste ano, a população em situação de rua de Salvador conta com um local para se reunir e se fortalecer. A Ladeira de São Francisco, sem número, no centro de Salvador, passou a ser a sede do Movimento da População de Rua. A inauguração aconteceu com ato e celebração de uma missa.

A partir de março, quando foi realizado o primeiro fórum da população de rua na Bahia, o movimento vinha alternando, com ajuda de entidades parceiras, o local de encontro para as reuniões. Segundo a coordenadora do movimento no Estado, Maria Lúcia Santos Pereira, a conquista do local representa um passo fundamental tendo em vista a independência do movimento. “Será um ponto de referência para a população em situação de rua e um espaço de conscientização política”, afirma.

Confira mais detalhadamente como o movimento na Bahia pretende se organizar. A entrevista é com Maria Lúcia Santos Pereira, coordenadora do movimento no Estado:


Como foi a conquista da sede? 

O movimento se reunia com a ajuda de parceiros de forma itinerante. Como nos reunimos de quinze em quinze dias, começamos a perceber que as pessoas ficavam um pouco perdidas, pelo fato de as reuniões serem cada dia em um local. Isso fazia baixar a frequência das pessoas nos encontros. Elas mesmas começaram a cobrar que fossem realizados em apenas um local. Após uma reunião com a coordenação local do movimento, que se reúne, semanalmente, avaliamos que para não ter desmotivação precisávamos agir rápido.

Ao mesmo tempo, percebíamos que o Movimento estava dependendo muito dos parceiros e isso não era bom para o nosso crescimento. Então tivemos uma conversa com a Comunidade Franciscana, que tinha um espaço sem uso e desejava ter ali algo diferente voltado para a população em situação de rua. Então unimos o útil ao agradável.

 

Qual o significado de ter uma sede?

Ter a sede para nós é muito importante, pois seremos independentes. Pagaremos uma pequena contribuição para ocupar o espaço. Isso nos trará responsabilidade. Será, também, um ponto de referência para a população em situação de rua de Salvador e um espaço de conscientização política. Já estamos montando uma biblioteca e receberemos denúncias para dar os devidos encaminhamentos. Além disso, teremos encontros de capacitação tanto para a coordenação quanto para a base.

 

Como será a organização?

 Vamos ocupar o espaço com o máximo de atividades que pudermos. Estamos nos organizando para que a sede fique aberta de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Para isso montamos um esquema de revezamento entre a gente. Teremos um Conselho Consultivo, com a participação de três entidades parceiras, para nos ajudar a refletir sobre os rumos da organização e das políticas públicas na Bahia. Estamos tentando encaminhar, também, alguns projetos para a manutenção da sede e procuramos parceiros para que nos ajudem na capacitação e formação política.



Edição N° 189 - Julho de 2010

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