Mais de 2,1 milhões de votos “Por um Brasil Mais Justo”
- Ana Valim*

- há 1 dia
- 2 min de leitura

Esse é o resultado do Plebiscito Popular Por um Brasil mais Justo e Soberano que mobilizou milhões de pessoas em todo o país, de abril a 12 de outubro desse ano e que já tem impacto no cenário político. A campanha, que se estendeu por 103 dias, terminou com 2.118.419 votos, depositados em urnas montadas em todas as regiões e via Internet.
O plebiscito consultou a população sobre a redução da jornada de trabalho sem redução salarial - com o fim da escala 6x1 – e sobre a justiça tributária, com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais e a taxação dos super ricos, com rendimentos acima de R$50 mil mensais.
O resultado da votação reforça a importância da mobilização popular e já teve efeito no parlamento: depois da aprovação da Câmara dos Deputados, em 1º de outubro, o Senado aprovou, no dia 5/11, o projeto do Governo do Brasil que acaba com o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, dá desconto para quem recebe até R$ 7.350 e estabelece, para compensar, um imposto mínimo de 10% para quem ganha mais de R$ 1,2 milhão por ano. Agora só falta o projeto ser sancionado pelo presidente da República para virar lei e começar a valer a partir de 2026.
Para a socióloga Rosilene Wansetto, da coordenação da Rede Jubileu Sul e Grito dos Excluídos/as e da Coordenação Executiva do Plebiscito Popular, “o processo foi muito importante, sobretudo neste momento em que o Brasil sofre ataques do imperialismo norte-americano com ameaça à nossa soberania”. Organizado por uma ampla coalizão do movimento popular, sindical e estudantil, partidos progressistas, entidades da sociedade civil e igrejas, lembra Wansetto, “o plebiscito promoveu, nesse período, atividades de formação, organização, articulação e debates, que contribuíram para o fortalecimento da democracia tão abalada nos últimos anos.”
No entanto, destaca Rosilene Wansetto, os desafios ainda estão colocados, “sabemos que a vitória não está completa, precisamos seguir fortalecendo essa luta, pela tributação dos super ricos, por justiça tributária, inclusive a taxação das grandes fortunas, redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1.”
* Grupo de Comunicação do Grito dos Excluídos e Excluídas




Comentários