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Alderon Costa

Moradia ainda uma conquista



No dia 27 de março de 2010, a cidade de São Paulo perdeu 85 vagas para as pessoas que estão em situação de rua. Criado em março de 2003, o Condomínio AEB, localizado na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 1645, região central da cidade de São Paulo foi fechado! Quinze famílias com 32 crianças e 22 pessoas solteiras, que viviam nos 24 quartos, foram encaminhadas para hotéis e Parceria Social (aluguel).    

Segundo Mabel Garcia, coordenadora do projeto do Condomínio, a Associação Evangélica Brasileira (AEB) não pôde fazer nada porque foi a Prefeitura que rompeu o convênio. Segundo ela, uma das propostas era incluir as famílias num programa de moradia definitiva. “A saída seria pela Secretaria de Habitação que se omitiu o tempo todo”, afirma Garcia.

Segundo ex-moradores do Condomínio, seus pertences ficaram trancados no prédio e depois foram encaminhados para depósito da Prefeitura. Os que foram para hotéis não suportaram as condições, pediram para sair e foram encaminhadas para albergues ou voltaram para as ruas. As famílias que receberam a proposta de pagar aluguel pela Parceria Social não conseguiram encontrar imobiliárias que aceitassem alugar algo. Algumas dessas famílias foram parar na Vila Cachoeirinha, onde se conseguiu imobiliárias.

 

Abandono da Prefeitura

 

As famílias que foram para o albergue, reclamam que a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social não as procurou mais. “O que as assistentes sociais nos falam é que não depende da Smads, mas sim da Secretaria de Habitação”, destaca Santos. Zilda dos Anjos, ex-moradora do Condomínio, que foi encaminhada para o mesmo hotel que as outras famílias, encontra-se num abrigo da Prefeitura. “As pessoas que receberam a Parceria tiveram que ir para longe e algumas não estão conseguindo nem pagar a luz”, declarou Zilda.



Edição N° 187 - Abril e Maio de 2010

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